Info-Reviews - Janeiro 2018 (I)

Monuments Uncovered (MYSTIC PROPHECY)
(2018, Massacre Records)
A instituição de power metal germânico que são os Mystic Prophecy apresentam o seu décimo álbum e, pela primeira vez, não apresentam um disco de originais, mas prestam homenagem a alguns nomes dos anos 70, 80 e 90. Nomes de uma era que, segundo o vocalista R. D. Liapakis, influenciou bastante a sua personalidade musical. Depois das reedições dos três primeiros álbuns no ano passado, os teutónicos percorrem desde Donna Summer a Monster Magnet; de Elton John a Lenny Kravitz; de T. Rex a Tokyo, recuperando temas que, mesmo sendo icónicos, raramente foram alvos de versões. E em todos eles os Mystic Prophecy souberam como os transformar em hinos de puro e genuíno metal. Monuments Uncovered é, assim, como uma carta de amor, em formato metal, a toda a música que (n)os tem acompanhado ao longo das últimas décadas. [75%]


The Order Of Amenti (CRESCENT)
(2018, Listenable Records)
Pyramids Slaves (2013, Independente) foi o primeiro álbum deste coletivo egípcio que se baseia no death metal sueco e o cruza com sonoridades tradicionais egípcias. Cinco anos após esse lançamento, e apoiado pela influente editora gaulesa Listenable Records, o quarteto regressa com o seu segundo trabalho, The Order Of Amenti, um disco composto por quase uma hora dividida por oito longos (quase todos com exceção de The Twelfth Gate, acima dos seis minutos de duração) temas de blackened death metal. The Order Of Amenti atinge um mais elevado nível de maturidade marcado por um equilíbrio entre agressividade e melodia e está baseado na mitologia egípcia, prestando homenagem e tributo aos antigos deuses. [45%]


#1025 (LONTHRA)
(2018, Independente)
Os Lonthra estão de regresso com um novo registo, o EP #1025, trabalho que surge precisamente um ano após o lançamento do primeiro álbum homónimo. #1025 aproveita, também, para apresentar Jorge Henriques, como novo vocalista da banda. Os Lonthra voltam a assumir-se como um nome crescente do stoner rock nacional com alguma influência grunge e este EP, de apenas 4 temas, mostra o seu lado mais orgânico, ou não fosse gravado em apenas um fim-de-semana em modo full band. Se olharmos para trás, para o seu homónimo álbum, #1025 acaba por não dar tantos pontapés nem tantos beijinhos, mas ainda assim, mostra que os lisboetas estão no bom caminho e que Jorge Henriques poderá dar maior envolvência aos temas. Ficamos à espera de mais. [63%]


Armortura (ARMORTURA)
(2018, Mighty Music)
Os thrashers melódicos Armortura estreiam-se com o seu álbum autointitulado, que se destaca pelas boas harmonias nas guitarras e pelo som que recupera as linhas do thrash metal anos ‘80, nomeadamente de Annihilator ou Megadeth. Os britânicos, formados pelos antigos membros dos Holosade, incluem, ainda, nos seus 11 temas marcas do metal moderno (nomeadamente ao nível das pulsantes linhas de baixo e no poder dos vocais), que na prática até acabam por não encaixar adequadamente naquela vertente old school. Armortura demorou dois anos a ser concretizado, sendo lançado em 2018 via Mighty Music. Jeff Waters, dos ídolos Annihilator, também participa, contribuindo com um solo no tema bónus, 11th Hour. [67%]


Unleashing The Beast (JUSTIFY REBELLION)
(2018, Mighty Music)
Beast foi o tema percursor de Unleashing The Beast, estreia dos Justify Rebellion. Um tema que deixava bem claro o caminho a seguir pelo quarteto dinamarquês, partindo dos instintos animalescos da raça humana. Este trabalho traz 11 temas, sendo que os primeiros já datam de 2015, altura em que a banda se focou em dar à sua música uma dimensão extra. Assim, o metal dos anos 80 está bastante presente, conjugado com uma forte tendência thrash, bem notória no poderoso trabalho vocal e numa secção rítmica demolidora. [60%]

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